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Correspondente Jurídico: Entenda Na Prática

O correspondente jurídico é um profissional que presta apoio a advogados e escritórios em diligências presenciais, especialmente em locais onde não há estrutura própria. Atua em fóruns, cartórios, delegacias e outros órgãos públicos.

Giulia Soares

28 de maio de 2025

4 min de leitura

Correspondente jurídico: como esse profissional pode otimizar a rotina dos escritórios de advocacia

A advocacia contemporânea exige cada vez mais agilidade, capilaridade e eficiência na execução de tarefas jurídicas rotineiras.

Nesse cenário, contar com o apoio de um correspondente jurídico pode ser uma excelente alternativa para ampliar o alcance do escritório e garantir o cumprimento de diligências em localidades diversas, sem comprometer tempo e recursos da equipe principal.

Neste artigo, você vai entender o que faz um correspondente jurídico, quais são suas principais funções e como essa parceria pode beneficiar a atuação de advogados e escritórios em todo o país.

O que é um correspondente jurídico?

O correspondente jurídico é um profissional que atua prestando serviços pontuais ou contínuos a advogados e escritórios, especialmente em localidades onde estes não possuem estrutura física.

Sua função é servir como apoio para a realização de diligências presenciais, oferecendo cobertura territorial em fóruns, cartórios, delegacias e demais órgãos públicos.

Esse profissional pode ser um advogado regularmente inscrito na OAB, um bacharel em Direito ou até mesmo um estagiário, desde que sob supervisão de um advogado habilitado.

Sua atuação é regida por regras éticas e deve sempre respeitar os limites legais e contratuais firmados.

Principais atividades de um correspondente jurídico

As demandas delegadas a um correspondente jurídico são, em geral, atividades que exigem presença física e certo grau de conhecimento jurídico. Dentre as principais tarefas, destacam-se:

  • Protocolo e retirada de documentos em fóruns, cartórios e tribunais;
  • Acompanhamento e realização de audiências como preposto ou advogado;
  • Cópia de processos físicos e análise de autos;
  • Entrega e retirada de mandados, alvarás, guias e certidões;
  • Visitas a delegacias para obtenção de boletins de ocorrência ou informações;
  • Diligências junto a órgãos administrativos.

Além disso, muitos correspondentes jurídicos prestam suporte em prazos curtos, o que torna sua atuação essencial em situações emergenciais.

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Por que contratar um correspondente jurídico?

A utilização de correspondentes jurídicos tem crescido entre escritórios de todos os portes, especialmente pela economia de tempo e de recursos que essa prática proporciona. Veja os principais benefícios:

I - Redução de custos operacionais: Enviar um membro da equipe para outra cidade — mesmo que próxima — pode gerar custos elevados com deslocamento, hospedagem e alimentação.

O correspondente jurídico elimina essa necessidade, permitindo que o serviço seja realizado localmente por um profissional capacitado.

II - Cumprimento de prazos com mais eficiência: A atuação ágil de um correspondente jurídico pode ser decisiva para garantir o cumprimento de prazos processuais e evitar prejuízos ao cliente.

Com acesso imediato aos fóruns e órgãos locais, esses profissionais facilitam o andamento das demandas.

III - Expansão territorial: Mesmo sem filiais ou unidades físicas em outras regiões, o escritório pode atender clientes em diversos estados e comarcas.

O correspondente jurídico amplia a presença geográfica da banca, com rapidez e baixo custo.

Pontos de atenção ao contratar um correspondente jurídico

Antes de fechar a contratação, é importante:

  • Verificar se o profissional possui registro na OAB (quando necessário);
  • Avaliar sua experiência com o tipo de diligência requerida;
  • Confirmar prazos de execução e valores para a realização da diligência;
  • Estabelecer um canal de comunicação claro para o envio de documentos e relatórios.

Considerações finais

O correspondente jurídico tem se mostrado uma peça-chave na modernização da advocacia, permitindo que escritórios otimizem sua operação sem perder qualidade no atendimento ou eficiência no processo.

Utilizar esse recurso de forma estratégica é uma maneira inteligente de reduzir custos, ganhar escala e garantir presença em locais onde a atuação direta seria inviável.

Se você ainda não utiliza correspondentes jurídicos na sua prática, vale a pena considerar essa alternativa como parte da sua estrutura de apoio. Afinal, uma advocacia eficiente também depende de boas parcerias.

Giulia Soares

OAB/SP 471.425

Advogada. Bacharel em Direito pela Universidade Paulista. Especialista em Direito do Trabalho pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).